ppgGEO-FFP/uerj

O conceito de território tem sido, nos últimos anos, objeto de intensa discussão. Muitos são os geógrafos e cientistas sociais que não cessam em proclamar o seu fim para justificar o nascimento de um mundo dominado não mais pelas relações interestatais e sim pela mobilidade e fluidez do capital. Um espaço dos fluxos, materializado na hegemonia dos grupos transnacionais que teriam assumido o papel de ordenadores da espacialidade mundial. Resolvemos desse modo, investigar como o proclamado fim dos territórios pode assentar-se na tese do enfraquecimento dos Estados nacionais na chamada era da globalização. Os que se afiliam a essa tese assim o fazem traduzindo para dentro das ciências sociais uma perspectiva particularmente carregada de um tom fatalista, dos fins , em relação às mudanças do final do século XX. Essas transformações de ordem político-econômica serviram para que os arautos do capital anunciassem a substituição de uma lógica territorial dos Estados pela lógica das redes, ou seja, a lógica de um mundo que agora poderia prescindir das amarras dos limites territoriais dos Estados. Esses autores concluem que o apregoado fim da modernidade e o advento da pós-modernidade , garante a supremacia das redes sobre os territórios.

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